sábado, 27 de maio de 2006

Suíte Alumbramento

Suíte Alumbramento



Agora nessa suíte vejo

A vida através da janela

E a vida todavia

Ela não me vê, ela não se vê

Ela não vê nada

Deveras vai sem ver



É assim que ela me leva

– É também como me penso.



Às vezes

Quando em meio a torrente de prazos e carros e cores e sombras piscantes e berros-buzinas e odores e estouros e tal

Às vezes – nem sempre –

Sonho a vida um novelozinho de linha

Caído... suave...

No piso da suíte

A que me levou

Na vida

Quem primeiro me falou de alumbramento


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