terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Hello stranger!

“É muito fácil pra você”, ele disse.



Fácil? Como assim fácil??? Como assim??? A única coisa fácil aqui sou eu… Minha vida nunca foi fácil como a dele. Tudo o que me acontece é sempre árduo e complicado. Eu sempre estou tensa, estou preocupada, perdendo o sono atrás de soluções… Eu sempre estou cansada. Ele falou exatamente como a minha mãe, como se minha vida fosse uma brincadeira inconseqüente. Afinal de contas, a gente é o que faz ou o efeito disso nos outros??? Francamente, fácil não é uma palavra que possa fazer parte do meu leque de opções. Eu sempre procuro o caminho mais fácil, mas ele nunca está disponível pra mim.



Não… Fácil não! Fácil coisa nenhuma… Ele ‘tava enganado! Ele, que lê todos os meus sinais, que filtra em raio X, ele estava muito enganado. É sempre infinitamente mais fácil ser deixado do que deixar alguém.

Lembrando mais uma vez o Closer, de que ele tanto gosta, de fato chegamos perto demais da verdade… Mas é a mentira que nos define enquanto seres humanos.

7 comentários:

  1. fácil não é, mas há sempre um momento em que podemos decidir... essa capacidade também nos distingue dos animais

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  2. eu tenho uma pergunta e uma discordância a manifestar.
    a pergunta é, é mesmo, a gente é o que faz ou o efeito disso nos outros? não sei, e vc deixou a pergunta sem resposta como se ela fosse óbvia. Acho que vc responderia que somos o que fazemos, pelo que eu conheço de vc. mas acho que eu diria que somos o efeito do que fazemos nos outros, se as opções são essas.
    e a discordância é que DÂR!! é óbvio que é muito MUITO mais fácil deixar alguém do que ser deixada. Porque é uma escolha que fazemos, e na outra situação é uma escolha que nos é imposta. Eu prefiro mil vezes escolher e fazer o meu destino do que ficar à mercê de uma escoha alheia que me afeta diretamente. convenhamos, todo o mundo sabe que quem deixa é que tá com a bola toda :P
    beijos!

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  3. As duas coisas: somos o que fazemos E o efeito do que fazemos sobre os outros... e principalmente somos a forma como assumimos e lidamos com as conseqüências não-intencionais de nossos atos.

    "Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar" (Guimarães Rosa)

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  4. Uáu!
    Não supus que um desabafo literário causaria tanta polêmica.
    Mas vamo-que-vamo!
    LU: A gente é o que faz ou o efeito disso nos outros? Se eu tivesse resposta pra isso, tudo seria mais fácil. Eu queria ser o que eu penso, mas nada!!! E se eu sou o efeito de meus atos nos outros, então eu não vivo pra mim em nem um momento. Sou uma garota, na verdade, mas minhas indagações metafísicas acerca do que sou ainda me assombram, sem resposta.
    LU: Ser deixado ou deixar, o que é mais fácil??? É facílimo deixar quando se tem certeza do que se está fazendo, quando se tem segurança em todas as decisões a serem tomadas, quando se é forte o bastante pra nem se incomodar com qualquer insegurança. Bem, acho mais cômodo e mais fácil que simplesmente me abandonem, poderia sentir pena de mim por um tempo e retomar minha vida, sem ter adúvida de ter cometido o maior do erros. Mas isso é muito pessoal.
    STRANGER IN THE NIGHT: se você tem respostas tão seguras assim, vire padre ou pai-de-santo, você vai ajudar gente pra caramba. E a propósito, sempre achei Guimarães belo, mas muito conservador.

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  5. Minhas palavras e respostas, colocadas na forma de um comentário, são tão seguras e convictas quanto as suas próprias palavras sobre sua vida ou as palavras de seus outros comentadores sobre o que você escreve ("discordância é que DÂR!! é óbvio que é muito MUITO mais fácil deixar alguém do que ser deixada..."). Mas não sou por isso mais certo ou seguro que você, seus comentadores, um padre ou pai de santo. Só queria fazer um comentário e participar do debate, responder às questões (reais de sua ida ou imaginadas) que você coloca em público; se não quer debate público, não publique. E, a propósito, ser belo ou conservador não faz do Rosa mais ou menos certo no que diz acerca da vida.

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  6. Alteregos identificados são sempre muito bem vindos. Crítica, só de quem conhece a curvatura do rio.

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