quinta-feira, 17 de julho de 2008

Tenho sonhos de temáticas recorrentes.
Uma delas é a de estar fugindo de alguma coisa – seja da ordem que for, monstros, exército, assassinos. Já falei sobre isso anteriormente.

Outra é a de estar terrivelmente brava com alguma situação de muita injustiça ou de muita violência, pegar a pessoa que fez a merda pelos colarinhos e não conseguir gritar nem bater, mesmo estando explodindo de ódio. E o detalhe é esse: quanto maior a raiva, menos a possibilidade de extravasá-la: minha voz não sai, o pulmão fica fraco, a mão fica mole e descoordenada.
Nessa noite que passou, tive um sonho bem desse tipo.
Assim: eu havia pedido à minha chefe pra que me deixasse sair mais cedo uma vez por semana, pra estudar, e ela negou. No mesmo dia, ela permitiu que um colega faltasse uma vez por semana, sem qualquer justificativa. Eu olhei pra ela e queria gritar, mas não conseguia falar absolutamente nada. E ela ria. Acordei nervosa, pensando que era muito bom saber que isso nunca aconteceria realmente.
Esse gênero de sonhos tem sempre a ver com o meu trabalho.

3 comentários:

  1. que merda.
    os sonhos aflitivos que eu tinha eram muito parecidos com esse, mas com a diferença que eu extravasava tudo sim, berrava, chacoalhava, muitas vezes estava armada e matava a pessoa de modo espalhafatoso, tipo com uma serra elétrica... ou uma bigorna amarrada numa corda... rs.
    mas desde que vim morar com o maridão, não tenho mais tido sonhos aflitivos. ainda bem. acho que porque minha mãe sempre estava nos sonhos, mas morando com maridão foda-se ela. falo com ela se quiser, se não quiser, não precisa, aí tudo mudou de figura.
    acho que quando vc tiver um emprego mais legal, do qual goste bastante, vai dormir em paz sempre ;]

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  2. eu tenho sonhado muito e sempre tem praia no meio, mas eu nunca vejo o mar, só a areia. aí a minha analista, que é lacaniana, falou "ah, eu pensei que era 'a-mar'". adoro as interpretações dela. essa noite sonhei que tava numa praia e tinha uma mina muito metida e careta, que acabou virando chefe de alguma coisa lá no meu ex-trabalho. e eu a achava in-su-por-tá-vel. então eu cheguei na praia e fiz topless, assim na cara dela, e ficava rindo da cara de espanto dela e das outras. olha que coisa, devo estar virando adolescente de novo, querendo confrontar o 'sistema', hohohoho. eu concordo com a lu; talvez quando você tenha um emprego de que goste mais, você tenha sonhos menos aflitivos. beijão!

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  3. Ah, mas eu acho que vcs duas tão certas sim! Quando eu deixei de viver com a inha mãe, parei de ter sonhos de fugas alucinadas. Acho que quando arranjar um trabalho menos opressivo, vou reconquistar minha liberdade de expressão e me sentir menos sufocada. Daí, acabam os sonhos, creio.
    Lu: vc não pode imaginar como esses sonhos são musculares, como eu tenho necessidade de matar de forma muito sangrenta. Mas eu não consigo nada. Coisa engraçada: em geral, em sonhos como esse eu tenho capacidade de flutuar. Nesse último não aconteceu, mas eu nunca preciso andar, eu sempre saio flutuando por aí.

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