Devaneando

Não precisa gostar de Jazz pra entender… É só já ter chegado em casa solitário após um dia de chuva pra saber que o que inundava a alma do Chet, em Deep in a dream não era chuva... Era qualquer coisa cujo nome nem existe na língua materna de Chet, era a saudade...


A saudade vive num campo semântico onde a gente também encontra a nostalgia, a melancolia... Ela vem na imprecisão das palavras proferidas quando a gente está no ponto médio entre o sono e a vigília. Ela traz o sonhar acordado entre uma nuvem e outra de fumaça de cigarro, quando as paredes do nosso quarto se deixam abater pelo breu...


A gente pode não saber como falar de saudade, mas sabe o que é devanear ocasionados pela presente ausência de qualquer coisa que faz uma falta absurda... Eu mesma não sei bem tratar de saudade, mas se fosse, tentaria alguma coisa assim...





I dim all the lights and I sink in my chair.

The smoke from my cigarette climbs through the air.

The walls of my room fade away in the blue,

And I'm deep in a dream of you.

The smoke makes a stairway for you to descend;

You come to my arms, may this bliss never end,

For we love anew just as we used to do

When I'm deep in a dream of you.

Then from the ceiling, sweet music comes stealing;

We glide through a lover's refrain, you're so appealing

That I'm soon revealing my love for you over again.

My cigarette burns me, I wake with a start;

My hand isn't hurt, but there's pain in my heart.

Awake or asleep, ev'ry mem'ry I'll keep

’Cause I’m deep in a dream of you.