segunda-feira, 3 de março de 2008

Considerando com o velho

Meu pai sempre dizia que quem procura acha. Uma hora acha, não interessa se a coisa está lá realmente ou não, se a pessoa realmente quiser encontrar, ela encontra mesmo. Ele estava se referindo à ex dele (minha mãe, coincidentemente). Ela tinha um ciúme chato pra caralho, desses que obriga a criatura a vasculhar coisas, a criar casos fictícios na cabeça, a se preocupar com atrasos, mesmo quando eles são de 20 minutos, enfim...

Já passei por situações como essas, nas duas posições. Na de ciumenta, uma vez... E na de quem sofreu efeito de ciúmes, duas. Quase morri de ciúme, literalmente, com meu primeiro namorado... É uma coisa estranha porque, ao mesmo tempo, você quer e não quer encontrar a pessoa te traindo: é muito doloroso, mas você procura por evidências de traição avidamente! Nunca cheguei a vasculhar as coisas do namorado, mas meu olhar percorria todos os lugares onde ele poderia estar, porque ele TALVEZ estivesse com outra pessoa. Nóia, né? Nunca mais alimentei ciúmes por ninguém. É claro que em uma situação ou outra, alguma coisa incomoda, mas eu prefiro esquecer, deixar passar. Se traiu, foda-se, eu nunca vou conseguir conter e dificilmente vou ter certeza. Não adianta!

As pessoas que tiveram ciúmes agressivos de mim foram muito mais invasivas e sagazes do que eu, nessa matéria. O curioso é que fui casada com os dois. O primeiro, doentio mesmo e na cara-dura! Abria minhas agendas de celular, me seguia pela rua, abria minhas cartas, ligava pra todo mundo que me conhecia pra saber com quem eu estava, cheirava minhas roupas... O segundo esteve só um pouco inseguro. Era mais discreto e ultrapassava o limite muito sutilmente, abrindo “sem querer” meu e-mail pessoal (mas só os enviados por um professor que ficou amigo... duas vezes). Depois que me separei do meu primeiro marido, jurei a mim mesma que, se mais alguém fizesse isso comigo, estaria fora da minha vida na hora. Mas aconteceu de novo e eu não tomei nenhuma providência a não ser perguntar o que havia acontecido e engolir a mentirinha em seco. Terminamos sim, mas só depois de muito tempo, quando o ciúme dele FINALMENTE teve fundamento.

Eu acho, no fundo, que devo provocar as pessoas, mesmo sem perceber. Quando eu falo várias coisas, as pessoas acham que eu tou mentindo. Mas quando eu tou mentindo mesmo, elas costumam perceber, porque eu minto muito mal... Sei lá... Meu esforço vai sempre no sentido de fazer com que as pessoas se sintam seguras comigo. Mas, ou eu faço da forma errada, ou as pessoas não tão acostumadas com isso ou as duas coisas - papai diria que são as duas coisas.

A propósito, meu pai morreu com duas namoradas, mas sem nenhuma que ele amasse: OLD HABITS DIE HARD AND HARD ENOUGH TO FEEL THE PAIN...

2 comentários:

  1. I was dreaming of the past
    And my heart was beating fast
    I began to lose control
    I began to lose control

    I didn't mean to hurt you
    I'm sorry that I made you cry
    Oh no, I didn't want to hurt you
    I'm just a jealous guy

    I was feeling insecure
    You might not love me anymore
    I was shivering inside
    I was shivering inside

    I didn't mean to hurt you
    I'm sorry that I made you cry
    Oh no, I didn't want to hurt you
    I'm just a jealous guy

    I didn't mean to hurt you
    I'm sorry that I made you cry
    Oh no, I didn't want to hurt you
    I'm just a jealous guy

    I was trying to catch your eyes
    Thought that you was trying to hide
    I was swallowing my pain
    I was swallowing my pain

    I didn't mean to hurt you
    I'm sorry that I made you cry
    Oh no, I didn't want to hurt you
    I'm just a jealous guy, watch out
    I'm just a jealous guy, look out babe
    I'm just a jealous guy

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  2. Eu acho que entendi isso na época. Se não, não teria traído minha promessa a mim mesma.

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