
Nossa!, tanta resposta passou por essa cabecinha que ora pensa! A resposta evidente é medo da violência. Mas a violência sempre esteve aí... Será que quando a gente envelhece, fica mais suscetível ao discurso da violência? O tempo vai passando, nossas experiências se acumulando, o discurso da violência vai calando mais e mais fundo na alma da gente... Como se tudo o que a gente vive o fosse legitimando esse discurso. Não vou questionar agora de onde vem esse discurso e a quem ele interessa – pra isso guardo as aulas de sociologia na USP e os botecos em qualquer lugar. A verdade é que o alcance dele é imenso!
Eu mesma, depois de ter sido assaltada e machucada pelo assaltante, tenho uma raiva estranha e espontânea de qualquer estranho que me interpele fisicamente, mesmo que seja um esbarrão por engano. Fecho minha casa toda a chave, direitinho, não ando em lugares “complicados” sozinha depois de certo horário, encaro todo mundo, pra poder fazer retrato falado, caso precise... Mas eu não era assim... Já viajei de janelas abertas, andava à noite pelo centro, pra lá de loucona, sozinha com a minha ex, uma garota mais magrinha ainda que eu. Não tinha medo de quase nada. Daí alguém diria que o que eu não tinha era respeito por mim mesma. Será???
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u381969.shtml
ResponderExcluiró a lampadinha aí! rs
ResponderExcluircara, se a gente pautar nossa vida no medo, aí sim aparece o desrespeito à vida!
fica que nem a mina que viveu dois anos sentada na privada, vc viu essa?
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u381969.shtml
Nossa!!! Q história louca!!!
ResponderExcluirPois é, eu tento não ter tanto medo das coisas... Mas tenho bastante, cada dia mais... Foda, né?!
é... como se conforme o tempo vai passado a gente tivesse mais o que preservar...
ResponderExcluirfoda msm.
Ouço gente dizer que a gente vai ficando mais conseqüente, vai medindo melhor o que pode acontecer... Eu acho que a gente vai ficando mais neurótico, vai achando que o que pode acontecer EFETIVAMENTE VAI acontecer... Sei lá, viu! A gente é tudo louco!
ResponderExcluirAcho que ainda estou na fase anterior, então... hahahahaha... Mas não me sinto não respeitando a mim mesmo.
ResponderExcluirToda vez que acumulamos experiências, sejam ela vividas por nós ou por outros, nós as utilizamos como parâmetros para nossa vida. A violência é uma experiência traumática... e quanto mais vivemos, mais somos expostos a essa experiência traumática... e os parâmetros gerados por tais experiências são normalmente neuróticos mesmo... Nos deixa sempre mais alerta... acredito que seja assim.
Eu tento pensar que é preciso tomar cuidado sempre. Ter a consciência sempre dos nossos atos, dos lugares onde andamos, dos cuidados que temos ter, para sempre fazer as coisas que queremos. Sair quando nos der vontade e voltar pra casa só quando nos ficar cansado.
Talvez assim não nos sentimos tão presos... com a liberdade na medida certa para fazermos aquilo que queremos fazer.
Nossa, André!!!
ResponderExcluirAdorei isso que vc escreveu! Vou ficar pensando nisso sempre que eu pensar duas vezes antes de andar por aí... Mas é claro que vou continuar encarando todo mundo!!! ;-)
hahahahaha... Eu também encaro! Mas mais pra mostrar as pessoas que as respeito e que acredito que mereço respeito também! ;)
ResponderExcluirMas caso a gente precise fazer um retrato falado, isso pode ser muito útil mesmo! hahahahahahaha
Que nós nos cuidemos! Mas sem termos que nos anular socialmente e em algumas de nossas vontades! ;)