Os blogueiros são foda!

Tem blogue de tudo nessa vida, coisa mais “democrática” do mundo, veja bem!

A galera escreve de futebol, um assunto legal, mas de que eu entendo pouco. Nesse exato momento, minha irmã tá vendo o jogo do São Paulo no estádio, ao qual eu não fui pra ver uma aula de sociologia, em que só rodou Os Infiltrados, filme que eu, inclusive, já vi.


A galera escreve umas impressões críticas sobre o mundo que às vezes são geniais, muito inspiradoras, altas visões interessantes. Prato gostoso pra qualquer um.



A galera escreve de uns assuntos polêmicos, daqueles que todos mundo já pensou a respeito, mas nunca escreveu mesmo... Isso é garantia de popularidade, todo mundo opina, escreve comentário, mobiliza a massa blogueira!



A galera escreve poesia de todo o jeito. Fantástico: há uns anos atrás, muito poeta nunca iria publicar!



A galera escreve de fofoca, o que também garante alto níveis de popularidade, mas faz meu gosto não... Nada contra, mas eu não tenho muito saco.



Aliás, eu não tenho saco pra nada que interesse muita gente. Que azar, né? Eu tenho uma inclinação bandeiriana: o mundo das grandes questões e abstrações generosas está fechado pra mim desde sempre. Minha cara é sempre o particular, o recorte, o olhar do míope, a arte do dia-a-dia... O que os críticos diriam que é arte menor, né? É, não sei falar de política, de filosofia, de nada disso não senhor. Mas eu nem me sinto mal não. Sou tão habituada a blogues e diários e cadernos e essas coisas! Sou escritora compulsiva, não tem jeito! Fico muito contente com meus raros leitores – quem escreve é pra ser lido, né? Mas minha pretensão, apesar de parecer muita com esse templeite do caralho, é pouca.