quarta-feira, 2 de julho de 2008

Personagens preferidas

Ela tem um trompete... e tem cabelo cacheado... e tem uma casinha na praia... e tem um amigo bem gay... e tem dois curtas escritos... tem música lhe enchendo os dias... e tem voz de amante... e tem um bom baseado...

Ela me deu uma música... e então, outra música... e depois outra música... e talvez um sorriso, um sorriso bem íntimo... e também um telefonema, enquanto os comprimidos me descomprimiam... e me deu uma idéia de massa com gorgonzola... e me deu uma pequena auto-biografia, que mais parecia a história de minha vida... e me deu boa-noite, pra eu bem dormir. E então, a noite foi boa.

12 comentários:

  1. De mais, Lia! De mais... isso me deu boas lembranças... pena que são lembranças. Mas o texto é sutil e intenso! Muito bom!

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  2. Obrigada!!! :-)) Valeu mesmo, lindo!

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  3. lindo!
    :D
    que gracinha...
    tá amando, já, hein?
    ps - vai fazer o que esse sábado?

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  4. O Lia! Obrigado por comentar lá no meu blog! Concordo em parte com você. Primeiro, na minha opinião, antes de se falar em drogas, há de se falar na relação que o indivíduo estabelece com ela. Tem gente que fuma um baseado e daí pro crack e a decadência é um pulo. Outros cheiram a vida toda mas, de alguma forma, não deixam que isso "atrapalhe" sua vida cotidiana. O segundo ponto é que, na minha opinião, as pessoas tem de ter liberdade de usar o que quiserem, desde que não atinjam direitos de terceiros. Se a pessoa quiser fumar, beber, cheirar, injetar, problema é dela, desde que se "tranque em casa" e depois não saia por aí dirigindo ou dando tiro pra tudo quanto é lado. Terceiro, penso que existem drogas que, de alguma forma, podem até serem benéficas. A propósito, um parênteses, vi seu post sobre Ayahuasca. Sempre digo que ela foi um divisor de águas na minha vida. Era um antes e sou outro depois que conheci o chá (aliás, gostaria de conhecer o seu grupo!), mas voltando, existem outras drogas que eu não vejo nenhuma utilidade, muito pelo contrário. O crack é uma delas...Bom, falei linhas gerais, simplistas! Dá pra sentar num boteco e ficar a noite toda discutindo! Aliás, não vai me passar seu email?!!? Beijããão!!

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  5. johnny,

    vou me meter, até indelicadamente na conversa alheia. Nunca conheci ninguém que fumou maconha e partiu pra outras drogas em derivação disso. Essa análise é imediata, simplista e normativa. Levar as drogas para um aspecto unicamente de saúde pública só nos dá a legitimação do pensamento hegemônico-burguês; Sinto que comentários como esse só fortificam a lógica dos naipes sociais. Tenho muito mais medo de quem toma 20 cervejas comemorando a vitória do seu time de futebol e pega um volante. A questão da droga definitivamente não deve partir de uma análise de saúde pública, e sim na perspectiva de um contorno social.

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  6. Lu: vou estar recebendo a minha avó. E vc no domingo???

    Johnny: é o que eu sempre falo pras pessoas. Foda não são as drogas, foda é o vício... No que quer que seja. Conheço gente viciada em trabalho e acho simplesmente degradante. E eu já te passei o e-mail, mas acho que vc nem viu...

    Ericka: concordo com vc no seguinte: de onde parte o discurso de que as drogas são más? Isso deve ser problematizado. E suas intervenções nunca sao indelicadas.

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  7. Vou bedalhar um pouquinho também nesse negócio das drogas. Eu concordo contigo, Lia. Também acho que o problema maior é o vício em qualquer coisa. A extrema dependência de algo nos deixa doente.

    No entanto, eu acho que penso nas drogas mais como sua amiga, Erika. A questão é social. O problema está ligado a toda violência que o tráfico de drogas carrega... Traficantes, justiceiros, aviãozinhos, corrupção policial... Enfim... eu acho muito complicado que crianças morram todo dia pra alimentar bocas de fumo com drogas... Pra mim, essa é uma questão que o usuário deve refletir quando for utilizar a droga... sei lá... eu acho que sou careta... hahahahahaha

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  8. Sim, lindo, um pouco careta vc é... Hahaha! Então, eu não acho meramente "social": e o Estado??? E se legalizar??? E por que não???

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  9. Há de se pensar na relação de prazer dos objetos e as posturas dos sujeitos. Se um sujeito precisa da estrutura química de uma coca-cola (cafeína e todas as demais substâncias), não o faz diferença para esse sujeito ser um refrigerante-cola de baixo valor, ao valor da coca-cola, pois o refrigerante anterior o satisfaz. Mas se você busca o prazer de consumo que aquela droga oferece, você opta pela coca-cola. Assim, fazendo um paralelo econômico a possibilidade da legalização de drogas como maconha, são muito mais viáveis que cocaína, heroína. Claro, que numa perspectiva exclusivamente economica. No mais, puxando para outras possibilidades; do sujeito desejante, qual seria o rumo natural do desejo: lsd ou uma pedra de crack?
    Perspectivas sociais, políticas e socio-culturais só servem para nos afastar de uma possível análise mais metódica da relação sujeito-objeto-poder. Aliás, Vigiar e punir não existe à toa.

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  10. Certo, muito certo... Mudando: o que leva um sujeito a querer uma coisa em detrimento de outra e por que querer uma coisa é mais certo que querer uma outra. Assim: mais digno tomar as mil brejas em vez de fumar baseados... A quem interessa que seja assim, porque...? Hahahahaha! E viva Foucault e Bourdieu!

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  11. Então... quem disse que é mais digno? A diferença é que não é legalizado. Penso que não legalizam, pois o lucro é muito maior assim. Tem muito político envolvido com isso e é melhor que continue assim. Até porque também o poder da violência pra controlar a população através do medo.

    Enfim... acho que se legalizar também aí teremos um caos nos hospitais públicos... na Holanda, eles tiveram alguns problema com realação a isso quando liberaram o uso de algumas drogas. Isso porque eles são bem estruturados lá, imagina o que pode acontecer aqui... =/

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  12. A questão é muuuuuuuuuito polêmica, mas acho que toda transição é muito difícil. Pessoalmente, acho que tornar legal diminui a criminalidade. Mas é questão pra bar, aquele que vai rolar nessa semana que entra, né, André? Vamos aí?

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