A primeira coisa que tenho a dizer sobre ele: preciso arranjar outro.
A segunda: preciso muito arranjar outro!!!
Não é o caso de eu ter chefes FDP. Certas vezes eu não concordo com os métodos deles, mas ele não são maus de forma alguma. A verdade é que a estrutura institucional é que está errada, enferrujada, caduca, démodé. Nela, nada se cria, nada permanece, não há mobilidade, não há valorização de funcionários. Há apenas um salário bem pouco que nunca vai deixar de gotejar na conta bancária. Isso pode ser bom, mas torna o ambiente muito propício à mediocridade. Alguns pontos que até constam no estatuto nunca são observados; a meritocracia é um deles. Tudo aqui funciona na base da politicagem e mesmo quem é bem intencionado acaba agindo como não devia ou não queria. É um sistema sem saída, uma equação fechada em que, independente dos números que a componham, sempre vai ter o mesmo resultado.
A instituição em que eu trabalho é um microcosmo Governo do Estado ou da União. Dá pra entender porque é que políticos inteligentes e cheios de boa vontade acabam corruptos ou engessados ou simplesmente desistem de tudo. Temos um sistema muito bem elaborado, em que tudo é feito pra dar errado.
A segunda: preciso muito arranjar outro!!!
Não é o caso de eu ter chefes FDP. Certas vezes eu não concordo com os métodos deles, mas ele não são maus de forma alguma. A verdade é que a estrutura institucional é que está errada, enferrujada, caduca, démodé. Nela, nada se cria, nada permanece, não há mobilidade, não há valorização de funcionários. Há apenas um salário bem pouco que nunca vai deixar de gotejar na conta bancária. Isso pode ser bom, mas torna o ambiente muito propício à mediocridade. Alguns pontos que até constam no estatuto nunca são observados; a meritocracia é um deles. Tudo aqui funciona na base da politicagem e mesmo quem é bem intencionado acaba agindo como não devia ou não queria. É um sistema sem saída, uma equação fechada em que, independente dos números que a componham, sempre vai ter o mesmo resultado.
A instituição em que eu trabalho é um microcosmo Governo do Estado ou da União. Dá pra entender porque é que políticos inteligentes e cheios de boa vontade acabam corruptos ou engessados ou simplesmente desistem de tudo. Temos um sistema muito bem elaborado, em que tudo é feito pra dar errado.
Lia queridona, não sou a pessoa mais indicada para comentar esse post (e você se pergunta: "então por que tá escrevendo, gênio?"). Ando muito, mas muito, mas infinitamente MUITO de saco cheio das atividades que me propus: terminar o inferno eterno dessa bosta de tese. Parece não ter fim, e meu ânimo e paciência diante desse mar de prazos e pouca criatividade já se esgotaram há tempos. Tudo isso pra te dizer que não estás sozinha nas insatisfações cotidianas da tua vida... e toda vez que achares que aí tá uma bosta, lembra que aqui também tá. Ajudou? ahahahahah!
ResponderExcluirBeijos querida, e sorte aí.
ih, eu tmb preciso, aliás, já estou fazendo isso... vem comigo. :)
ResponderExcluirbeijos
Lia, bonita
ResponderExcluirEu hj tb passei um dia tedioso no trabalho, se te consola. Meu problema tb não é só o chefe FDP (embora isso irrite muito). Onde trabalho tb rola uma politicagem ferrada. Achei genial o que vc falou do sistema que funciona para tudo dar errado. Às vezes fico tão desanimada com o sistema da empresa em que trabalho, quando vejo o rolo compressor da burocracia passando por cima de todo mundo, menos de quem tá sempre ali fazendo uma política dos diabos.
Vou torcer por vc na procura de um trabalho mais legal.
Mil beijos!
É um cocozão mesmo.
ResponderExcluirTambém já trabalhei pro governo, e me engessaram, criaram obstáculos, me encheram o saco. Queriam me matar de tédio, alienação e perda de sentido.
E eu sou o pior cara do mundo pra você conversar sobre trabalho. Não que eu seja um completo vagabundo, mas também não sou workaholic.
É que estudo trabalho, veja bem, pela perspectiva das relações de dominação. O empregador paga pelo tempo e controla a vida da criatura. Domina as subjetividades, controla as expressões individuais, inviabiliza os projetos da pessoa, exige obediência, subserviência, come o tempo, embota a criatividade, mete o pé na inteligência, te coloca fazendo coisas que não tem sentido por si próprias, te deixa apertando parafusos na linha de montagem dos artefatos burocráticos.
Um cocô, um cocô...
*um ano
ResponderExcluirEsqueci do mais importante:
ResponderExcluiroi Lia, tá melhor?
Fica fria, que daqui a pouco as coisas melhoram pra ti.
Depois de uma noa tão misrável, só resta melhorar. E mesmo que seja só um pouquinho, vai ser um pouquinho muito bem vindo.
:)
Bjos,
L.
Su: Vix, pois é... O duro do teu trabalho é depender sempre da criatividade e do ânimo pra escrver. Realmente, todo mundo que eu conheço que já defendeu tese teve um momento como esse que vc tá tendo, de duvidar se era isso mesmo, de desconfiar da própria habilidade... Mas linda, se vc já tá aí, é pq é ótima. E de ótima pra genial é um pulinho!!! Vai ver só, daqui a pouco vai estar de papo pro ar, rindo, linda, que nem o L. :-)
ResponderExcluirSentimental: tou muuuuuuuito feliz por vc! Assim que der, tou saindo sim!!! :-)
Daminha: sim, linda!!! Burocracia é tão necessária quanto engessadora! É horrível, acaba com o ânimo e os sonhos de muita gente. Bem, tem colinho aqui se quiser: a gente se apóia uma na outra, tá? :-D
L.: lindo, essas coisas que vc diss, eu as estudei um pouco. Claro que não como vc, mas relações de dominação fazem parte importante de todos os meus estudos. Eu concordo com cada linha do que vc explicitou aqui e é exatamente por isso que tenho tantas crises existenciais por me ver obrigada a trabalhar. Já cheguei a pensar que ser uma má funcionária era um ponto positivo, pois era uma forminha de burlar a mais-valia.
A propósito, sim, tou melhorando, mas ainda não tou zerada não. Um grande bjo!!!
Acertou na mosca, minha cara Lia: coisas feitas para não dar certo. Mas acredito que pode surgir gente de boa vontade que vá se mexendo de tal forma a fazer o gesso ir quebrando aos poucos... Bjo!
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