quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Era super moderninha, ...


... mas quando o assunto foi casamento, quis tudo em grande estilo.

Ela e seu respectivo nêgo passaram dois anos juntando grana pra uma festa – que seria legendária até no inferno – e uma viagem de lua-de-mel - -que justificaria cada dia de vida vendido por grana pouca.


No dito dia da festa, vistoriou cada detalhe pessoalmente, desde a cor do papel do bem-casado até a afinação dos instrumentos dos músicos. Quase perdeu a cabeça quando viu uma manchinha minúscula na barra do belíssimo linho de seu vestido. A meticulosidade lhe causou um tanto de estresse, mas o desejo de tudo sair a contento foi tudo!


E não é que deu certinho? O noivo chegou no horário, ela, no atraso que toda noiva deve ter, a cerimônia foi muito singela, a festa, uma quebradeira memorável. Sucesso absoluto de público e crítica! No meio da festa, os noivos somem, desaparecem! Vão pra o aeroporto e então, começa a viagem de lua-de-mel. Fernando de Noronha os aguardava, em sua exuberância, em sua paz. Chegaram numa ilhazinha de helicóptero – presente dos sogrões! – descarregaram as malas e começaram a pensar numa transa bem louca...


Ela ainda estava nos trabalhos de (mínima) organização das coisas e pensando na firmeza gostosa do corpo do seu homem quando sentiu uma onda quente, muito úmida, gostosa... bem lá. Nossa! Ah... Ai-ai! Não havia de ser nada... Então, foi ao banheiro vestir a camisolinha transparente, bem lilásinha, bem perfumada. Tirou a blusa, foi tirando a calça...


Desgraça! Tragédia! Puta-que-pariu, caralho!!! Era a calça, a calcinha, as pernas... Tudo melado por uma enxurrada vermelha incessante! Mas como assim??? Faltavam teoricamente dez dias pra descer! Como? O nervoso... Claro, passar nervoso às vezes faz adiantar o reloginho... Não, não tinha levado pílula pra fazer cortar o fluxo! Não, não tinha levado OB por não ter previsto o fato! Sim, era aquela a noite de núpcias... E sim! Tinha um mergulho marcado pra oito da manha do dia seguinte... Mas não! NÃO TINHA NENHUMA PORRA DE FAMÁCIA ABERTA NAQUELA ILHAZINHA, INDA MAIS ÀQUELAS HORAS DA NOITE!


Ela até pensou em sentar e chorar de ódio, mas pensou que sujaria muito todo lugar em que se sentasse... Nada de banho de espuma juntinho, nada de lençol imaculado, nada de mergulho marinho em águas cristalinas... Ela foi falar com o homem. E ele, sem saber o que falar, apenas riu e concluiu que uma história daquela, nem o Almodóvar não escreveria melhor.


O texto, eu elaborei baseada numa história criada em coisa de cinco minutinhos, pela Carolzinha N., a fina flor dos maloqueiros desse mundo!

7 comentários:

  1. História linda e azarada... Mulézinha desprevinida! :)

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  2. ah, quanta frescura, é só mandar o maridão ligar pra recepção do hotel que eles mandam uns absorventes pra segurar até a manhã seguinte! rs
    beijinhos, linda.

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  3. Hehehehe!
    Eu acho que 'seguro morreu de velho', por isso concordo com a Su: "mulézinha desprevinida"!

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  4. É desprevenida mesmo! Claro que não foi história que tenha acontecido de fato, é pura invencionice da Carol. Mas é desprevenida mesmo, tem mais é q se foder!

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  5. ah, eu sou a rainha das desprevenidas. ia me foder de verde e amarelo. po, se eu tiver que imaginar cada imprevisto toda vez que saio de casa nem durmo na noite anterior. melhor é tocar um foda-se e seguir com a festa. bjs!

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  6. Cris: é, vc tem razão mesmo... Em termos de ser desprevenida, eu até que sou um tanto, viu... Vc deve ter percebido, pelo tempo passei na sua casa o quanto posso ser relaxada... Hahahahaha!... Já me fodi com isso várias vezes. Mas é aquela coisa: tem que se foder mesmo, então nos resta dar risada no dia seguinte, né? Hehehehe!

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