segunda-feira, 25 de maio de 2009

folha solta

O incômodo diante da branca tela do word que espera pra ser escrita e impressa. É coisa por que todo mundo que conheço já passou. Passar dias e dias lendo, ter tudo de que precisa na mente e não saber o que socar contra o teclado... E o calendário não pára de correr. Ruim demais!

 

Uma puta dor nos ombros, aquela que os deixa duros feito pedra e impede certos movimentos. Má postura? Movimento repetitivo? Talvez não, talvez seja o peso do mundo que se esteja carregando sobre os coitadinhos... Como também a dor de garganta... Poluição excessiva, cigarros ou as palavras que ficaram ali, atravessadas? E a dor de estômago, seria gastrite, saudade ou as duas coisas? Chega uma hora em que não faz diferença: saber a causa de um problema é bom quando se pode resolvê-lo de pronto.

 

É a mesma coisa: sua amiga colorida vai embora, de despede meio arrastada e você não sabe se ela disse um "tchau!" ou "te-amo". Então, você pensa no comportamento dela, em todos os sinais que ela já deu, chega à conclusão de que não há como saber sobre o tchau-te-amo e, pior ainda, conclui também que pouco importa, porque se souber, não vai mudar nada.

 

Um diazinho de serão, bem no dia de seu máximo cansaço, bem no dia de sua agenda apertada!

 

A página em branco de repente aparece toda escrita e, não, não foi entidade espiritual nenhuma que a encheu... Foi você, num transe de inspiração que nem você mesmo reconhece. Você vence a insônia, mesmo com esse monte de dores aqui e ali. Você fica sem ligar, sem ligar pra tal amiga... E o relógio do serviço bate vinte horas sem nem você notar... Você toma um vinho, mesmo sem um real na conta... Enfim, sei lá! Você vive, vive só, vive em São Paulo, vive na loucura, mesmo que, aparentemente, tudo seja a impossibilidade de se viver.

6 comentários:

Vem com tudo!