terça-feira, 8 de setembro de 2009

Signos da pós-utopia

Toda época tem seu signo... Alguma coisa com cujo conceito a gente pode "sintetizar" o espírito de um tempo. Um exemplo seria a "geração coca-cola", o "mal do século", etc.

 

Os sociólogos e filósofos de verdade que tenham a fineza de me conceder uma licencinha (e folgo em dizer que não sou nem uma coisa e nem outra), mas vou arriscar aqui minhas impressões.

 

Duas coisinhas que acho a cara da geração: aipode e tuíter.

 

Sobre o iPod (e congêneres): um dispositivo pra você curtir o seu som em formato eme-pe-três... Muito inclusiva essa coisa de não ter mais de pagar pra ter as músicas de que você gosta. Você pode carregá-lo em qualquer micro, levá-lo pra onde quiser... Nem com pilha você não gasta... Vai andando por aí, curtindo a vida com trilha sonora, escolhendo algo adequado ao momento do dia, na sua eme-pe-três-teca de vááááááário gigabáites, fica ouvindo sozinho, muito sozinho, sozíssimo, eu diria... Maravilha moderna e individualista.

 

Sobre o Twitter: organizar o pensamento em 140 caracteres é uma coisa muito interessante! Eu mesma ando blogando menos e tuitando muito mais... Você passa uma mensagem rápida e descartabilíssima! Comunica que é uma beleza! A gente entra em contato com muita gente interessante por ali, gente que jamais te daria atenção ou acesso se não fosse o programinha. Você vai seguir alguém a quem admira, fica sabendo tudo o que o cara anda pensando, repassa o que achar mais interessante... Lindo demais! É certo que a maior parte das pessoas nem vai se lembrar do que você postou uma semana atrás (que dirá um mês atrás), mas tudo bem! Superinformação é isso mesmo – dizemos informação, nunca conhecimento.

 

Eu, vivenciadora dos tempos de pós-utopia, tenho sempre comigo meu aipode carregado e sou viciada em tuíter. E quem não é??? Como já disse uma vez a @msathler, well everybody's heard about the bird!

6 comentários:

  1. Eu não sou desse tempo... tô perdida em 2009!
    :S
    Prefiro os shows cheios de gente + o blogue com postagens com mais de 140 caracteres (e mesmo assim tenho tuíte e um genérico do aipode).
    rs

    Beijos, Rá!inha!

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  2. Então.

    Viciado que sou em gadgets e tarado por tudo daa internet, concordo plenamente com os signos da época,, mas principalmente com o fenômeno da informação instantânea, mesmo no sentido de que, daqui a um instante, você não lembra mais.
    A merda é que, com essa megainformação, nosso cérebro também se modifica, e a gente começa a não recordar tão bem dos extrainternéticos.
    Saiu um estudo por esses dias, não lembro se do pessoal da usp ou unicamp.
    Eles chegaram à conclusão que Tuíter e iutube são uma merda pra memória.
    Em compensação, Facebook e jogos de guerra são ótimos para algumas redes neurológicas!
    So, excuse, me, mas tô saindo da internet um pouquin, vou pra LAN jogar Counter Strike!

    hehehe
    Nerds unidos, jamais serão... hummm... como é que é mesmo?

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  3. ai, me senti uma alienígena agora... não tenho nem aipode e nem tuiter, de que geração eu sou???
    bjs

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  4. Ah... eu acho que tem mais que isso, viu... acho que nossa geração não tem cara, tem tudo ao mesmo tempo e sempre sendo mais do mesmo.

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  5. O que eu acho mais interessante é como tudo é meio que imposto mesmo. Fulano vira pra vc e fala: "O quêêêêêêêê???? Vc nao tem Twitter??????". Pfff... Nessa onda toda nao costumamos nem parar pra pensar sobre essas coisas... Curti, Liazita!
    PS: Mas viver com trilha sonora não é bom? (tirando o indivudualismo...)

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  6. Mo e Sentimental: tb já tive essa sensação de não estar ser desse tempo... Mas não agora...

    Homem do Saco: vc se denuncia, né? Hehehe!

    André: Olha, se cara eu achava a passada. A nossa tem muita cara de supervelocidade... Mas é o que eu disse, filosofia de verdade, só em boteco! Rá!

    Carol: Sou suspeita pra falar, linda, vivo o MP3 uei ov láif o tempo todo, hahaha!

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