Todo fim de ano é parecido. Do meio de outubro pra frente, todo dia é dia já sentir cansaço ao acordar. Eu abro o armário e escolho cinzentas roupas pra mais um dia de trabalho. Escolho por que? São roupas de trabalho, são todas iguais. Vou trabalhar, vou almoçar, volto pra casa, jantar, livro, cachorro latindo, telefone. Fim de ano é, na realidade, dois meses e meio de ressaca. Ressaca moral por não ter conseguido tudo o que se tentou durante o ano inteiro. Fim de ano é stress, trânsito, prozac, pilhas de provas, conselho de classe, aluno vindo chorar por meio pontinho. Fim de ano é pressão baixa, calor infernal – odeio calor – gente suando, se acabando em ligações pra ver onde passar a virada com o mínimo de dignidade – se é que dá para considerar digno cair de bêbado em alguma praia. Fim de ano é promessa de vida no coração de muita gente. A mim, ateu, o fim de ano só promete que outro ano vai começar.
A vida é besta depois da morte de todas as utopias. A vida é besta sempre. A gente é que não percebe.
Pra mim, ano novo mesmo é o chinês!
ResponderExcluirPelo menos, tem o leãozinho dançando, mó lindin!
eu gosto de ano novo, é qndo eu faço promessas q sei q não vou cumprir... mas faço!
ResponderExcluirEu acho fim de ano o maior pé no saco. Eu percebo que o tempo está passando, que as coisas não estão melhorando e pior: que estou ficando mais velha. Por isso eu acho mto digno beber até cair em alguma praia! :)
ResponderExcluirÉ, vc tem razão, no fim de ano nada parece se encaixar muito bem, a gente percebe que todo o amor foi em vão, tudo não passou de mais um sonho que precisa ser renovado no ano que vem, talvez logo em janeiro, para se chegar a mais uma decepção.
ResponderExcluirQTA MÁGOA NESSE CORAÇÕES!!!
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