Não foi por nada que tenhamos feito um ao outro, mas por força das circunstâncias. Ele foi embora, não volta. Nada de crise, coisas da vida...
A gente teima em manter um grande amor... Mas um poeta já me tinha ensinado: os corpos se entendem, as almas não. E palavras são alimentos da alma. Beijos são para o corpo, olhos são para o corpo... Amor é amar e amar sem beijar é só a lembrança de amar.
Ele não quis que nosso amor se tornasse palavras e eu quis crer que isso fosse possível. Mas nada, mas nada... Como fazer não ser, se não podemos nos tocar?
Na noite em que tive essa certeza, telefonei um tanto aflito. Sentia-me inseguro, precisava que ele se lembrasse da minha voz, a única coisa física que eu podia lhe dar... Não tinha muito tempo, falei rapidamente: “Tou ligando pra dizer que eu te amo”. Ouvi um suspirinho do outro lado e a resposta “Você é sempre tão lindo...”
Sim, eu sou de fato um cara lindo. E ele, um cara de muito tato. Somos bastante parecidos, sempre fomos, sabemos nos entender pelos silêncios. E a resposta que ele me deu foi franca... E bastante diplomática.
A verdade é que ele não respondeu que me amava por uma única razão: não podia. Ele não me ama mais. Não vamos nos culpar, ninguém sequer precisa chorar. Ele tem uma namorada agora e talvez tenha filhos. Do lado de cá, fui pedido em noivado por minha menina. Fica mais fácil pra todo mundo se consolar.
Amores são assim... (O que se há de fazer?) Eles nascem das coisas da vida... Eles morrem nas coisas da vida.
A gente teima em manter um grande amor... Mas um poeta já me tinha ensinado: os corpos se entendem, as almas não. E palavras são alimentos da alma. Beijos são para o corpo, olhos são para o corpo... Amor é amar e amar sem beijar é só a lembrança de amar.
Ele não quis que nosso amor se tornasse palavras e eu quis crer que isso fosse possível. Mas nada, mas nada... Como fazer não ser, se não podemos nos tocar?
Na noite em que tive essa certeza, telefonei um tanto aflito. Sentia-me inseguro, precisava que ele se lembrasse da minha voz, a única coisa física que eu podia lhe dar... Não tinha muito tempo, falei rapidamente: “Tou ligando pra dizer que eu te amo”. Ouvi um suspirinho do outro lado e a resposta “Você é sempre tão lindo...”
Sim, eu sou de fato um cara lindo. E ele, um cara de muito tato. Somos bastante parecidos, sempre fomos, sabemos nos entender pelos silêncios. E a resposta que ele me deu foi franca... E bastante diplomática.
A verdade é que ele não respondeu que me amava por uma única razão: não podia. Ele não me ama mais. Não vamos nos culpar, ninguém sequer precisa chorar. Ele tem uma namorada agora e talvez tenha filhos. Do lado de cá, fui pedido em noivado por minha menina. Fica mais fácil pra todo mundo se consolar.
Amores são assim... (O que se há de fazer?) Eles nascem das coisas da vida... Eles morrem nas coisas da vida.
concordo.
ResponderExcluirplenamente, amar a distância é só a lembrança de amar, não dá
e cada vez mais eu acho que amar o outro é só consequência...
Lia, que belo texto... triste e intenso. Adorei. Espero que esteja tudo bem por aí! Beijinhos.
ResponderExcluirsim, concordo. texto mui belo e triste, calou fundo aqui. bjs
ResponderExcluir[uma admiradora sua]