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Exorcizar fantasmas de vidas passadas dessa vez foi mais custoso do que eu poderia imaginar. Mas consegui afinal – como dizem os filósofos dos bares, tudo passa, até uva passa!
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Agonia é a pior coisa que existe: a morte é certa, mas o more-não-morre dá um trabalho e um cansaço! Eu tenho o hábito de praticar eutanásia em certas coisas, mas nem sempre é possível...
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É incrível como no trânsito as pessoas têm instintos assassinos aflorados... Eu vou seguindo de magrela e não vejo pessoas guiando, mas gladiadores em armaduras medievais motorizadas e com rodas! A rua é a arena: quem tem a armadura mais potente ganha. Um desses gladiadores urbanos já matou a magrela uma vez... Custou pra eu ressuscitá-la! Preciso agora comprar um capacete – na próxima, quem morre sou eu e sem direito a ressurreição.
Mas que é bom é: me mato de rir quando vou passando de magrela e vejo os gladiadores todos paradinhos, em fila, bufando injuriadíssimos, sem ter como caminhar. É assim, quanto maiores os carros, maior as filas do trânsito e menos eles circulam... Eles nunca pensam nisso quando compram seus 4x4 ou suas peruas...
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Há mortes que, quando acontecem, causam comoção em demasia, não apenas pela vida que se foi, mas pelo mau espólio que deixam pra quem ainda precisa viver por mais uns tempos. Foi o caso do papai: a morte dele me doeu muito na alma, mas os processos aos quais ele respondia me doeram na cabeça mais que o câncer que ele tinha no estômago – e essa história ainda está longe de morrer...
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Ano passado muita coisa morreu pra muita gente. Casamento terminando, emprego novo, mudança de toda ordem, crise nascendo e atirando pra todo lado... Há quem esteja em luto até agora, há quem ainda esteja contando espólios e prejuízos, há quem esteja realizando exorcismos.
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Vou fechando o corpo e me virando no santo que já tá mais que na hora!
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A Pós-Utopia, como o nome sugere, é a morte das doces utopias... Fim da religião, fim da boa política, fim de toda e qualquer crença... Não sei se é bonito, mas é como tem sido.
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- Mas o que há com meu amor? Esfoliaste a alma inteira?
- Foi co’a areia da ampulheta desse tempo que passou.
estou aprendendo a fazer a eutanásia de algumas coisas e pessoas q me incomodavam e tem dado certo...
ResponderExcluirbeijos
Eu tou sempre tentando!
ResponderExcluirMil bjinhos
Eu sou o pior que existe para me livrar das coisas, adora guardar a tralha velha.
ResponderExcluirEm relação resto inteiro do post, algo me dá a impressão que este ano lhe fará mais bem.
BOB: EU ESER QUE SIM, LINDO... POR ENQTO, SÓ TOU MEIO ZOADINHA, MAS NADA DEMAIS, VAMO-QUE-VAMO!
ResponderExcluir"Não sei se é bonito, mas é como tem sido". Pois é, tem sido sacal. Bem diferente desse post q tá muito legal com esse entrecortado. Bjo!
ResponderExcluire eu acabo de escrever uma postagem que tem como última frase "Porque, afinal, tudo acaba mesmo."
ResponderExcluirbeijos
uma delícia ler seu blog
Cris e Moni: sim, tudo acaba... Tudo sempre acaba! Ai, meu amigo, eu já disse e volto a repetir que realmente, tudo acaba... Mas também tudo passa (a merda é o tempo que demora pra passar, né?)
ResponderExcluirtambém acho que preciso aprender a fazer eutanásia. me pouparia tanto sofrimento inútil. mas nunca é tarde pra aprender e eu tô no caminho certo. acho. beijos, querida [adorei o post assim fragmentado]
ResponderExcluirAcho que as coisas passam, mas ficam, algo sempre fica e não adianta querer matar. Mas acho que tem coisa que não dá para parar de acreditar, senão o 'camelo' para e cai.
ResponderExcluirCris: é, pra mim ainda é muito difícil...
ResponderExcluirAndré: sempre fica sim, muitas delas nos tornam o que somos. Mas outra precisam sair...