Insônia DEF. deficiência ou incapacidade de sonhar.
A insônia é insolente, chega e te devora. Te faz contar as horas, alonga e encurta o tempo. Torna qualquer bobagem razão de lamento. Te faz raivoso e bobo de insatisfação. A insônia é paciente quando te adora. Te faz errar a hora, mais veloz e lento. Torna o não sonho em sonho do seu desalento. Te faz fraco e baboso de estupefação. A insônia é incidente em rocha que chora. Te faz perder o agora e não sentir o vento. Torna qualquer loucura em pressentimento. Te faz perder o prumo, a paz e a razão...
O amigo tuiteiro mandou essa reportagem hoje e foi interessante, porque confirmou uma suspeita que eu tinha: ser bipolar “está na moda” – quase tanto quanto ser bissexual.
Tenho visto muita gente por aí se definindo como bipolar. A galera fala disso com um orgulho que é de estranhar, afinal, bipolar é um transtorno e não uma habilidade especial. Eu acho que a maior parte das pessoas deve ser mais tolerante que eu com esse tipo de coisa, porque toda vez que vejo alguém se intitulando bipolar, penso logo em dizer “pior pra você!” (tudo bem, é resposta de quem fode mal, mas dá muita vontade de falar).
Eu tenho quase certeza de que a maior parte dos que se dizem bipolares não tiveram esse diagnóstico de um profissional habilitado. Essas pessoas lêem artigos sobre o assunto, vêm a saber de casos de pessoas famosas com esse diagnóstico, vêem filmes coisa e tal. Daí lembram dos bafons que deram por aí, das TPMs de longa duração, das brigas desmotivadas com os amigos, das bebedeiras e trepações desenfreadas e já vão logo pensando: “ah, é isso então. Eu sou bipolar”.
Pronto, resolveu: agora o cara tem uma desculpa maravilhosa pra não respeitar as pessoas que te amam e causar comoção nacional. Não é culpa dele, ele não pode se conter, porque é bipolar! Mas que maravilha, né? Pode fazer feito o escorpiãozinho da fábula, ferroar quem quiser e dizer que é da sua natureza!
Bem, eu sou filha de uma mulher que é bipolar de verdade e sofri as conseqüências disso durante mais de 20 anos. Não nego que minha mãe me deu coisas muito belas pra lembrar, mas a maior parte do tempo, os únicos sentimentos que me pegavam eram o medo e a vergonha. Apanhei muito, fui exposta a todo tipo de humilhação, passei anos preocupada, desde bem criancinha. Tinha períodos em que minha mãe estava bem, mas nunca se sabia quando sua paixão viraria uma obsessão explosiva, quando ela se viciaria em remédios, quando ela seria linha dura, quando ela seria libertária. Coisas assim: mamãe não tinha o menor pudor pra falar sobre sexo e sua sexualidade, mas não nos permitia falar no assunto e nem ter namorado. Junto dela, coisas pequenas se tornavam problemas incontornáveis. Só me senti livre e autônoma quando saí da casa dela, já com 18 anos, mas mesmo assim, demorei pra descobrir quem eu era. Minha mãe se recusa a fazer o tratamento que lhe cabe e esporadicamente tenho que sair de São Paulo às pressas e ir vê-la, pois ela teve mais uma de suas desagradáveis (e incontáveis) crises. E as loucuras não se resumem ao seu relacionamento comigo e minha irmã. Ela quase não tem amigos e os casos amorosos que têm são permeados por essa insanidade, chegando ás vezes a violência doméstica. Ela é de fato muito talentosa (escreve, toca, pinta...), mas vai certamente terminar a vida muito sozinha.
Ser bipolar definitivamente não é legal, não é cool, não é descolado. Então, se você acha que é, procure ajuda, tenha um diagnóstico respeitável e principalmente se trate. Não fazê-lo afastará, com o tempo, muitas pessoas que você ama, o que te tornará muito infeliz. E ser infeliz não te faz especial; te faz apenas mais infeliz ainda.
Dona de um restaurante chinês, Mae Fong, de 74 anos (que feio, uma menina des'tamanho!), foi acusada de ter colocado fogo em um restaurante concorrente em Kenner, no estado da Louisiana – EUA (estado que abriga muitas lendas de vudu, vampiros e fantasmas...), segundo reportagem da emissora de TV "WDSU".
Mae Fong foi flagrada pelas câmeras de segurança pondo fogo em um estabelecimento que fica próximo do seu (te pegaram com a mão na massa, hein, tiazinha! Tsc, tsc, tsc!). O caso ocorreu por volta das 3h do dia 2 de outubro (de madrugadinha, né? Quer dizer, a velhinha é louca mas não burra: sabia que estava aprontando, premeditou e executou o maquiavélico plano num bom horário...).
O vídeo foi "extremamente importante" na resolução do crime, disse o chefe de polícia Steve Caraway. "É difícil refutar esse tipo de evidência" (sim, tio, tem que ser o Spielber pra falsear uma coisa dessas), acrescentou ele, destacando que a mulher provocou danos de, pelo menos, US$ 50 mil no restaurante concorrente (eu me pergunto: com tanto vudu na em LA, por que a velha foi justamente tacar fogo??? Francamente, que falta de juízo. Agora todo mundo sabe e ela é quem vai pagar o preju!).
Segundo Lily Fong, sua irmã abriu o restaurante há 32 anos, enquanto o estabelecimento concorrente funciona há 13 anos (e o que teria isso a ver com a história?). Apesar das evidências, Lily disse (que, né, Sr. Revisor?) as acusações são falsas, já que "sua irmã nunca feriu ninguém" (rá! Essa foi a melhor! Nunca feriu implica em nunca vai ferir??? E ainda que implicasse, aí, no caso, ela quis ferir um bolso e não um alguém. Tia chinesa, vai dormir, vai...).
Órgão sexual do homem inchou 5 vezes seu tamanho normal. Bombeiros levaram cerca de duas horas para remover o anel. (imagino que tenham sido 2 horas de risadas presas ou abafadas)
Os bombeiros atenderam uma chamada de emergência (e põe emergência nisso) em Newport Beach, no estado da Califórnia (EUA), depois que um homem ficou com o pênis preso em um anel de metal enquanto tentava aumentar seu membro (nunca mais vou chamar ninguém de marombeiro depois disso!!!), segundo reportagem da emissora de TV "KTLA".
Os bombeiros usaram uma serra para cortar (PÂNICO!!!!!) a argola de metal (UH... QUE SUSTO!) que prendia o pênis do homem aos halteres de peso utilizados para aumentar o tamanho do membro. Os bombeiros levaram cerca de duas horas para remover o anel (agora já somamos 4 horinhas, né, meninos?????).
De acordo com a polícia de Costa Mesa, o órgão sexual do homem inchou cinco vezes o seu tamanho normal (é o que eu chamo de musculação de resultados rápidos).
Inicialmente, ele havia recusado tratamento (por que afinal, o cara é MACHO!!!), mas funcionários do hospital Hoag Memorial disseram que o homem poderia morrer (not that macho! Ficou com medinho? Arregô!!!) se permanecesse mais tempo com o fixador de aço em seu pênis (será que não rolava só uma gagreninha?).
Segundo as equipes de emergência, o pênis do homem deve ter ficado preso por quase três dias (e como ele fazia com suas necessidades vitais? Gente, vamos combinar que alguém deve ter dado uma força, afim de possibilitar essa insanidade... Quem deu comidinha ou trouxe o peniquinho, mas não chamou logo um bombeiro e um PSIQUIATRA???).
"Devido às quebras de bancos, queda nas bolsas, cortes no orçamento, à crise nos combustíveis e pelo racionamento mundial de energia, informamos que a famosa luz no fim do túnel estará temporariamente desligada!"
Recebi essa frase por emêiol hoje e achei a coisa mais pós-utópica possível. Tá conconrrendo ao título de FRASE PÓS-UTOPIA DO ANO!!!
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Uma vez a Lu me falou que eu sou a pessoa mais somatizadora que ela conhecia. Entre os meus contatos eu também sou a que mais somatiza. É uma coisa curiosa: qualquer problema um pouco mais sério que eu tenho já se reverte em algum tipo de doencinha. Nunca é coisa grave, mas sempre incomoda; em geral, tenho ataques no estômago, na coluna e na garganta. A doença da vez é uma amigdalite não muito forte.
Em geral, quando estou no meu local de trabalho, os sintomas ficam muito mais acentuados. Não tem nem o que analisar: como não gosto do meu trabalho, fico fraca se sou obrigada a trabalhar (abaixa meu conatus, como diria Espinosa) e a doença se manifesta.
Eu às vezes fico pensando que isso é, na verdade, uma válvula psicológica que eu acesso. Assim: tou com uma série de problemas, não quero que o trabalho desgastante seja mais um, acabou adoecendo por uma necessidade de não trabalhar, sei lá... É claro que essas coisas nunca são realizadas no nível do raciocínio, o que me dificulta muito encontrar uma solução pra isso.
Esse ano foi efetivamente um dos piores da minha vida. Tem quem me ache até hipocondríaca de tantas vezes que fiquei malzinha. Não me incomodo, na verdade, acho até engraçado. A pessoa fala “você só pode ser hipocondríaca” e eu respondo “olha, você solucionou o caso! É isso!”. Mas a real é que o buraco é mais embaixo.
Eu teria de voltar a fazer terapia e procurar resolver tudo isso... Ou teria de mudar de emprego e sanar as causas da minha maior fonte de zicas psicológicas.
... seria esse, por "pós-utopia e alteregos associados"... De "lia lee e os estradeiros" (sendo eles quem forem)... Chamaria "cabeça pelada, peitão na janela"... Tocaria uma coisa entre o glam e o jazz... Falaria de viagens, sentimentos e solidão... Teria esse jeitão aí:
Tem coisa que acontece que eu não consigo entender... Ai!, meu-deus! Ai-ai... Olha essa:
Tenho um amigo muito íntimo, chamado C. Ele é assim, uma mistura de Mick Jagger com Vinícius de Morais. Imaginou? Não??? Pois é, só conhecendo o C. mesmo pra ter uma noção. Mas enfim... O cara é muito moderno, elegante, despachado e cheio de poesia. Tem 64 anos; é completa e assumidamente gay desde sempre. Em certa ocasião, houve uma festa em sua família. Pra não se sentir deslocado com a situação tão escandalosamente familinha, o C. me convidou, pra ter uma companhia que estivesse no mesmo clima dele, convite ao qual aceitei prontamente... (Eu sei o que é ter pânico de estar "sozinha" numa terrível e invasiva festa de família!). Chegamos de braços dados, que é a forma como sempre andamos por toda parte. E assim ficamos o tempo todo. O C. me aporesentou pra todo mundo... E todo mundo pareceu gostar de mim. Muito agradável a família do C. Já no fim da festa, uma senhora com cerca de 75 anos (irmã) disse ao C.: tem umas primas nossas perguntando dessa moça... Perguntando se ela não seria muito nova pra namorar você...
Eu pensei que fosse brincadeira, porque o C. é MUITO gay e SEMPRE fez questão de assumir... Mas não, não era, as primas acreditaram, ou quiseram acreditar, que nós namorávamos...
Um bloguinho novo, novinho em folha, suuuuper romântico, com o doce tema do filme Planeta Terror (Robert Rodriguez, 2007). "Two against the world, baby... Two against the world...