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terça-feira, 12 de julho de 2011

essa coisa de modelar...

Vindo de alguém como eu, essa coisa de modelar exige algumas explicações - e não sei bem pra quem as estou dando, já que ninguém mais lê essa porra aqui. Mas enfim...

Foram alguns fatos casados que me levaram a me agenciar. Começou comigo num começo de depressão após uma série de mudanças radicais na minha vida, todas acontecendo concomitantemente (mudando de trabalho, trocando o dia pela noite, mudando de casa, terminando um namoro, abandonando um trabalho voluntário). Toda essa confusão, tive o desprazer de atravessar praticamente sozinha. Contei apenas com o carinho de pessoas mais íntimas, um pouco por preservacionismo, um pouco porque meus amigos queridos estavam em ocupações monumentais. Pra piorar, sempre fui o tipo de mulher para quem um namoro estável tem o funcionamento de uma âncora: é o que segura minha imensa embarcação quando a correria por todos os mares cessa.

Enfim, todo esse blablabá é pra dizer que meu nível de stress estava insuportável, minando minha alegria, minha autoestima e minha paciência. Bem nessa época (que não remonta 2 meses inteiros), entrou em contato comigo uma produtora de modas. Ela achou meu perfil interessante, disse que eu tinha estilo marcado, me pediu pra ir à agência dela, pra fazer entrevista. Fui, fiz a entrevista e foi quando eu me liguei que a partir dali, poderia pegar uns freelas em figuração (um puta amigo meu do teatro tá se dando bem com isso). Acabei decidindo me agenciar mesmo e fazer as fotos...

Mas o que foi mais bacana nisso tudo foi ouvir pessoas profissionais - fotógrafo, agente, professora do curso - falando sobre meu jeito, meu estilo... O efeito psicológico é ótimo: voltei a me sentir bonita e sexy.

Dizer que isso foi o remédio pras minhas neuras é uma simplificação esvaziadora bem besta. O que eu precisava, obviamente, estava em mim o tempo todo. Mas foi como se eu me machucasse feio depois de um tombo: precisaria esperar o corpo agir sozinho pra porrada parar de doer, mas uma massagenzinha com gelol vai muito bem, né?

quarta-feira, 16 de março de 2011

sobre mentiras que viram verdades


Uma vez o repetente me falou sobre um livro que ele havia lido (de cujo nome não me lembro), sobre um criminoso que, para escapar à justiça, se escondeu em mosteiro. Para que ninguém desconfiasse dele, fingiu ser virtuoso. Fingiu o tempo inteiro, para todo mundo. Daí, vivia da forma mais virtuosa possível. E assim, fingiu tanto e por tanto tempo que, ao fim das contas, tornou-se virtuoso de fato.

Coisas bem parecidas aconteceram comigo.

Sou uma pessoa dotada de um desejo imenso de fazer porra nenhuma. Não digo que não gosto de fazer nada: existe muitas coisas que gosto de fazer, como ler, cozinhar, ver filmes, ouvir música, beber, transar, conversar, escrever, dançar... Mas não fazer NADA sempre me pareceu mais agradável do que qualquer uma dessas coisas. Em poucas palavras, sou uma preguiçosa nata! Esse é meu pecado capital, a PREGUIÇA.

Mas um dia tive de estudar e logo em seguida, trabalhar. E já que tinha de fazer, fiz as duas coisas da melhor maneira possível. Conclui a faculdade com ótimas notas, consegui um cargo bom no trabalho. Mas trabalhos são assim: eles só aumentam, você nunca vai ficar mais “tranqüilo” do que estava – e isso eu não sabia. Mas aconteceu. Continuei trabalhando pesado, consegui outro emprego e, de professora a coordenadora, passei rapidinho. Os estudos terminaram, mas me enfiei em um curso de artes dramáticas de 4 anos... Acho que fingi ser uma trabalhadora por tanto tempo que acabei me tornando uma.

Foi assim com algumas outras coisas também: fingi que não tinha medo de nada; fingi que não gostava de pessoas fracas e de caráter manipulador; fingi que sabia perdoar, fingi saber o que era melhor pra mim. Foi tudo tão bem fingido e por tanto tempo que agora posso enfrentar qualquer situação, posso evitar qualquer pessoa que não me seja boa, posso ajudar todo mundo que me fodeu, posso ser extremamente feliz com as coisas que consegui. Minha analista dizia que eu tinha capacidade grande de pensar sobre todas as coisas e de realizar minhas conclusões. Alguns filósofos diriam que eu corrijo afetos com atos. Não sei, não sei. O que sei é que quase não preciso mais das mentiras que criei pra me tornar quem eu queria. Estou bem, meus picos de auto-estima andam cada vez mais freqüentes e tenho me aborrecido quase nada com coisas pequenas. Creio que encontrei meu caminho.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

a paz

... e essa é a música que traduz meu fim de ano...

Feliz ano novo a todos!

Feliz ano novo pra mim...

A Paz

A paz invadiu o meu coração...
de repente, me encheu de paz,
como se o vento de um tufão
arrancasse meus pés do chão
onde eu já não me enterro mais...

A paz fez um mar da revolução
Invadir meu destino...
A paz, como aquela grande explosão,
uma bomba sobre o Japão
fez nascer o Japão da paz

...

Eu vim ...
vim parar na beira do cais
onde a estrada chegou ao fim,
onde o fim da tarde é lilás,
onde o mar arrebenta em mim
o lamento de tantos "ais"...
Composição: Gilberto Gil & João Donato

 

terça-feira, 22 de junho de 2010

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vamos morar juntos

Brocha de verdade não consegue mandar ver de forma alguma, não é mesmo? É sim, descobri isso escrevendo blog. A Lia Lee tinha me convencido a fazer o meu (ela é uma verdadeira entusiasta de blogs) e a coisa atpe andava gostosa. Mas... mas na hora em que parecia que ia subir... brochei de novo.



Ela pediu pra eu continuar, eu disse que não tinha muito tesão e foi quando ela ofereceu o quarto dos fundo desse blog aqui pra eu postar. Como posto pouco, não vou enporcalhar muito a casa.



Estamos tratados assim então: vou morar com a Lia Lee agora.



cajuba

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A maior brochada que dei na vida foi quando passei no vestibular pra medicina

Estudei feito um retardado, feito um condenado à morte – e era isso mesmo. Meu pai (que sempre foi muito dado a descer o braço nos filhos) se não me matasse, faria o possível pra me proporcionar um longo período de coma caso eu não passasse no vestibular de medicina. Dizia todos os dias que eu não passaria e acabei incorporando essa previsão como verdade. Tanto que fui fazer a prova já resignado com meu fúnebre destino.

 

Pois bem, passei. E digo mais: em primeiro lugar – coisa que ninguém explica, sempre fui péssimo em biologia.

 

Missão cumprida.

 

11 anos se passaram; e tem por acaso algum médico aqui, postando? Não, não tem. Fiz a matricula para o curso, peguei a grade curricular, cheguei até a ir à calourada... E nunca entrei em aula nenhuma.

 

Tenho formação de historiador hoje. Não que eu seja tomado de amores por História... Mas é que me parecia o curso menos cansativo e trabalhoso que eu poderia fazer.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

tesão ou não-tesão

Eu fiquei sabendo, por via do Freire, que sem tesão não há solução. Cheguei cedo à conclusão de que era bem verdade isso. Mas vou falar: tem verdade que dói!
Pois é, essa aí, a do tesão, é um típico caso de verdade que dói. Eu demorei muito tempo pra aceitar. Imagina: você olha pra si mesmo, pede a alguém que olhe pra você e consegue aprovação de ambos. Mas aí, naquele momento que que você precisa de si, alguma coisa acontece... Ou melhor, não acontece N.A.D.A.

Minha primeira brochada foi com punheta. Eu queria bater uma punheta pensando numa menina que eu achava demais... Mas não deu não... Fiquei pensando nisso, pensando longamente. Tudo bem, tão longamente quanto um garoto de 13 anos é capaz... Mas enfim, depois de muito pensar, conclui que a brochada talvez se devesse ao fato de eu ser gay. Logo me irritei com essa idéia, não porque tivesse algum nojinho, mas porque não tinha a menor vontade de ser zoado no colégio. Mas quis sabe assim mesmo... Peguei um busão até o bairro vizinho e comprei umas revistas de homem pelado (é que não tinha nenhum cara que eu conhecia e achava interessante pra uma homenagem tão íntima). Fiquei olhando aquele monte de homem gostosão, fazendo caras e bocas... É, se eu fosse bicha mesmo, não eram aqueles os caras da minha vida. Tentei punheta muito arduamente, pensando nas coisas mais variadas... Tudo em vão.

Fiquei meio chateado, mas fui tentar resolver com o cara mais autorizado a essas coisas, um médico - é a melhor opinião alheia a se pedir nessas horas, né? Ele me examinou de tudo quanto foi jeito e disse a coisa que mais eu amo ouvir de sua classe: "sua saúde é perfeita; o problema é psicológico"- cara, ouvir uma coisa dessas é brochante até pra um cara como eu; significa que é um problema que você não conhece, que nunca soube a respeito, que nunca te incomodou, mas que está ali e sempre esteve. Vai resolver como, né?

Começou então uma fase de humilhação na minha vida... Por que, claro, né, eu tinha que tentar de tudo... Paguei umas 4 putas diferentes, das quais acabei ficando amigo (sendo uma delas amiga até hoje) de tanta pena que elas tiveram de mim. É sim, na época eu achava humilhante que uma puta tivesse pena de mim. Mas o pior foram as namoradas... Duas me marcaram a ferro a alma. Uma delas eu namorei por um ano e tive de terminar quando ela forçou a barra pra transar. Ela queria perder o cabaço comigo, queria de qualquer jeito. Ficou louca quando eu disse que não podia, que tinha uma condição muito particular. Quis resolver a todo custo, mas nada... Terminei porque já não agüentava - me senti quase estuprado em certos momentos. A outra, essa foi muito pior. Ela era linda demais e me quis por capricho (não tem outra explicação). Ela quis sair comigo, eu recusei - por causa dessa coisa de brochar, né - e ela começou a usar todo seu engenho pra me seduzir. Acabei não resistindo. Nem dois mesinhos e ela já queria transar. Mas essa não era como a primeira, essa era experiente e muito sensual... Eu gostava, claro, mas meu corpo não respondeu. Pois é... Ela ficou tão zangada! Eu pedi desculpa, disse que talvez eu não estivesse muito bem e tal... E de repente, ela começou a me zoar fortemente, dizendo coisas que não devia... Eu respondi o que não devia também ("se você fosse excitante, eu estaria excitado") pronto! Comprei ódio pra deixar de herança até minha 5ª geração.

Desde esse dia até hoje se passou muito e muito tempo - o tempo passou, mas não a pau-molecência. O que decorreu nesse entremeio eu vou contando aos poucos - não tenho pressa pra nada nessa vida. Vou só dizer que me acostumei bem à condição de brocha e que faz tempo que não tento nada com ninguém.